PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES SUBMETIDAS À HISTERECTOMIA EM UMA UNIDADE PRIVADA DO MARANHÃO

Abstract

Objetivo: Inúmeras técnicas cirúrgicas têm sido desenvolvidas e aperfeiçoadas para a realização da histerectomia. A depender da técnica utilizada, pode-se ter diferentes impactos tanto no processo de recuperação quanto na qualidade de vida das pacientes. A partir disso, o presente estudo objetiva caracterizar o perfil clínico epidemiológico de mulheres submetidas à histerectomia. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, retrospectiva, observacional, com recorte transversal, desenvolvida através da análise dos prontuários de 174 pacientes submetidas a histerectomia, entre abril de 2019 e fevereiro de 2021, no Hospital das Clínicas de Imperatriz. Foram avaliadas informações sobre: epidemiologia, história clínica e seguimento cirúrgico. Os dados previamente tabulados, foram analisados através do software SPSS versão 26.0 Resultados: A média de idade das pacientes foi 48,5±11,2 anos, 64,3% eram casadas ou mantinham união estável e 13,2% hipertensas. A principal indicação cirúrgica para realização da histerectomia foi miomatose uterina (59,1%) e em 39,7% houve conservação anexial. Foram observadas complicações intraoperatórias em quatro pacientes (2,3%). A média dos gastos hospitalares por paciente foi R$3.338,39±2865,45, o tempo médio de duração da cirurgia 108,7±54,66 minutos e o tempo médio de permanência hospitalar 2,5±0,68 dias. Conclusão: Com o presente estudo, caracterizou-se o perfil clinico-epidemiológico de mulheres submetidas a histerectomia, destacando a miomatose uterina como indicação cirúrgica predominante, especialmente por via abdominal com conservação anexial, em mulheres entre 40 e 49 anos, majoritariamente casadas. Entretanto, a capacitação de profissionais para a realização de procedimentos menos invasivos, com melhor custo-benefício à recuperação da paciente, pode alterar o cenário atual das histerectomias realizadas no Maranhão.